Descoberta de 1980 revolucionou a educação
Pensar em pessoas inteligentes, por muito tempo, levou-se a considerar a inteligência apenas como uma forma de aprendizado rápido ou de saber muito sobre determinado assunto, ou sobre vários assuntos. Mais recentemente, porém, a educação começou a olhar para outros tipos de inteligências, o que revolucionou o mundo da educação de um modo geral.
Como funciona o aprendizado
Afinal, pensar em vários tipos de inteligência implica em novas maneiras de ensinar, em novas maneiras de considerar o processo de ensino-aprendizagem. A Teoria das Inteligências Múltiplas, que foi criada por Howard Gardner em 1980, diz que o cérebro é capaz de processar diversas informações de maneiras diferentes.
A principal conclusão é que nenhuma inteligência é superior a outra – cada pessoa sabe como identificar suas facilidades e suas dificuldades. As inteligências, por Gardner, foram classificadas em 9 tipos. Conheça cada um deles a seguir:
Inteligência Linguística
Específica sobre as habilidades relacionadas à leitura e à escrita, a inteligência linguística diz respeito a pessoas que têm facilidades para contar histórias, aprender novas línguas e no aprendizado, também, de novos vocábulos.
Aqui entram pessoas que se encaixam nos perfis de linguistas, jornalistas, palestrantes e, também, escritores. São pessoas que sabem se expressar por meio da linguagem e, por isso, preferem focar seus estudos em palavras.
Inteligência Lógico-Matemática
Esse tipo de inteligência diz respeito às pessoas que têm facilidade com raciocínio dedutivo, lógico e matemático. São pessoas que sabem lidar bem com números, operações e exercícios de lógica no geral.
Essas pessoas geralmente preferem estudar com base em cálculos e probabilidades, como matemáticos, programadores, administradores, etc.
Inteligência Espacial
As pessoas que possuem uma maior inteligência espacial são aquelas que apresentam facilidades para interpretar e criar novas imagens. São pessoas que fazem uso da forma, da textura, da cor e do espaço físico no geral.
Geralmente, têm uma maior inteligência espacial as pessoas que fizeram teste vocacional e tiveram, como resultados, as profissões de geógrafos, designers, artistas visuais e profissionais de moda.
Inteligência Físico-Cinestésica
A inteligência físico-cinestésica diz respeito à inteligência motora, ou seja, ao controle e à precisão do corpo e dos movimentos corporais. Ela é responsável pelo aprendizado do equilíbrio, velocidade, flexibilidade e expressão corporal.
Aqui, ganham destaque profissões artísticas e outras que requerem uso preciso dos músculos, como dançarinos, atletas, atores e cirurgiões.
Inteligência Intrapessoal (emocional)
Relacionada à habilidade de compreender os próprios pensamentos e sentimentos, a inteligência intrapessoal também é conhecida como inteligência emocional.
São pessoas que têm bastante autocontrole e que sabem quais são os seus limites. Aqui entram psicólogos e filósofos, por exemplo.
Inteligência Interpessoal
Esse tipo de inteligência trata da facilidade de se comunicar, persuadir e compreender uma conversa e/ou espaços com muitas pessoas. Também vem acompanhada da facilidade de falar em público.
As pessoas com maior inteligência interpessoal tendem a ser políticos, professores, atores e líderes religiosos.
Inteligência Naturalista
Relacionada ao conhecimento da natureza e à facilidade de lidar com ela em questão de cultivo de plantas, conhecimentos geológicos e relacionamentos com animais no geral, essa inteligência é muito comum em geólogos, oceanógrafos, biólogos e agricultores.
Inteligência Musical
Ligada à música, a inteligência musical diz respeito à capacidade de aprendizado, diferenciação, interpretação e criação de padrões de ritmos, melodias e timbres. É muito comum em quem desemboca no ramo da música, como compositores, maestros e musicistas no geral.
Inteligência Existencial
Refletir e compreender a existência humana é um desafio grandioso, e diz respeito à inteligência existencial. Trata-se de uma inteligência comum em pessoas que são questionadoras, e que tendem a instigar outras pessoas a pensarem “fora da caixinha”.
Aqui, tendem a ter mais inteligência existencial professores, filósofos, sociólogos, políticos e líderes religiosos.