Tributação de investimentos: o que é necessário saber para potencializar

Tributação de investimentos: o que é necessário saber para potencializar

Maximizar os retornos é algo que todos desejam, porém, para atingir esse estado, é preciso entender a tributação de investimentos

Algo que muitos investidores acabam negligenciando é a tributação sobre investimentos. Porém, fazer isso pode trazer uma grande diferença no retorno final das aplicações, e muitos não fazem ideia disso. 

Para evitar esse tipo de surpresa, que, obviamente, ninguém quer ter, é importante entender como funciona a cobrança de impostos sobre diferentes tipos de investimentos, seja o comum, seja o investimento renda fixa no Brasil. 

A boa notícia é que, com as informações que estão a seguir, até pessoas leigas no assunto poderão maximizar seus retornos. Mas para isso acontecer, é preciso prosseguir com a leitura.

O básico sobre tributação de investimentos no Brasil

Primeiro, é necessário rever o básico. Aqui, em nosso país, a tributação acima dos investimentos muda conforme o tipo de aplicação financeira. Falando de modo bastante simplista, quando fazemos investimentos, alguns impostos são cobrados, sendo os principais o temido Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). 

Tributação sobre renda fixa

A renda fixa é uma das modalidades mais comuns de investimento, especialmente entre aqueles que buscam segurança e previsibilidade. 

Nesse tipo de investimento, o Imposto de Renda é retido na fonte, ou seja, o próprio banco ou corretora já faz o desconto antes do dinheiro chegar à sua conta. Ainda, é bom saber que a alíquota do imposto de renda a ser utilizada depende integralmente do período de aplicação, isto é, quanto menos tempo o dinheiro ficar aplicado, maior será o percentual da alíquota e vice-versa. Esse modelo é conhecido como “tabela regressiva”.

Tributação sobre ações

No caso de investimentos em ações, as regras de tributação são diferentes. Primeiro, operações de compra e venda de ações têm isenção de Imposto de Renda para vendas mensais de até R$ 20 mil. 

Isso significa que se, em um mesmo mês, você comercializa e vende até R$ 20 mil em ações, lucrando com isso, tal valor está isento de pagar IR. No entanto, caso o volume de vendas ultrapasse esse limite, o lucro estará sujeito a uma alíquota de 15% de IR para operações comuns.

As operações de compra e venda no mesmo dia, ou “day trade”, no entanto, possuem alíquota de 20% em cima do lucro, não importando o valor obtido. Em ambas as modalidades, o imposto deve ser pago pelo próprio investidor via DARF.

Tributação sobre fundos de investimento

Nos fundos de investimento, possuímos uma tributação diferente e específica para cada tipo. Aliás, a tabela regressiva é seguida, assim como acontece com a renda fixa, nos fundos de curto e longo prazo.

Uma característica específica dos fundos é a tributação conhecida como “come-cotas”. Esse é um imposto que incide automaticamente em maio e novembro sobre os rendimentos dos fundos de investimento, como se fosse uma antecipação do IR.

Importância do planejamento tributário para o investidor

Compreender a tributação sobre os investimentos é fundamental para quem deseja maximizar seus retornos. Ele permite que o investidor escolha produtos financeiros mais adequados ao seu perfil e aos seus objetivos, minimizando o impacto dos impostos. 

Para quem deseja maior liquidez (facilidade de resgatar o dinheiro), o planejamento também não pode ser negligenciado, pois alguns investimentos podem ter prazos curtos, mas com alíquotas mais elevadas. Com a tabela regressiva, se o investidor se programa para deixar o dinheiro aplicado por mais de dois anos, pode economizar significativamente no pagamento de IR.

Como o imposto pode afetar seu retorno final

O impacto da tributação nos rendimentos depende do investimento e da alíquota aplicável, já que uma parcela do retorno pode ser “engolida” pelos impostos. Por isso, escolher um investimento com isenção de IR, como LCI e LCA, pode ser uma vantagem para quem busca maximizar o retorno líquido (valor recebido após descontar os impostos).

Além disso, ao optar por ações, é interessante analisar se o valor que você pretende investir e movimentar mensalmente pode ser isento de IR, caso fique abaixo do limite de R$ 20 mil em vendas mensais.

Outro ponto importante é estar sempre atento à declaração anual do Imposto de Renda. Investimentos em renda fixa, fundos e ações devem ser informados corretamente à Receita Federal. Essa declaração é obrigatória e ajuda a evitar problemas com o fisco, garantindo que os impostos estejam sempre em dia.